quarta-feira, 29 de julho de 2009

Por Lucinda Persona

Língua

Floresce
Na pia de aço
Um enorme buquê
De couve-flor.

Floresce é um modo de dizer
Com nervos
Com saliva
Com céu
E com palavra
Da minha língua deslumbrada.

A língua que ajuda
A empurrar à digestão
O cotidiano.


LUCINDA PERSONA – Paranaense de Arapongas, vive em Cuiabá, MT. Na literatura, predominantemente, escreve poesia. Fez estréia com Por imenso gosto (Massao Ohno, 1995), Prêmio especial no Concurso Cecília Meireles(1997) da UBE. Em seguida publicou Ser cotidiano (7Letras, 1998); Sopa escaldante (7Letras, 2001), Prêmio Cecília Meireles(2002) da UBE e Leito de Acaso (7Letras, 2004). Participou das antologias de contos Na margem esquerda do rio: contos de fim de século (Via Lettera, 2002); Fragmentos da alma mato-grossense (Entrelinhas, 2003). É autora de livros infanto-juvenis, contos, crônicas e resenhas, colaborando com jornais e revistas mato-grossenses.

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