quinta-feira, 23 de julho de 2009

Por José de Mesquita

Fatalidade

Que te não ame mais? Fácil parece
isso, ao dizer.... Não sabes, certamente,
que o amor, querida, não está na gente....
Quem amou uma vez jamais esquece.

Si assim não fosse ha muito que esta ardente
paixão que no meu peito augmenta e cresce
teria suffocado.... Ah! si eu pudesse
te parecer bem frio e indifferente!

Já por muito o tentei.... Vejo que cada
dia que passa mais eu me convenço
que és mais bella e te sinto mais amada....

E ainda que me fizesses te odeiar,
tamanho é o meu amor que, ás vezes, penso
que o ódio seria um modo de te amar.


José Barnabé de Mesquita nasceu em Cuiabá aos 10 de março de 1892 e faleceu na mesma cidade, aos 22 de julho de 1961. Mesquita foi Poeta, Jornalista, historiador, romancista, cronista e contista. Publicou cerca de 31 obras, em 30 anos de publicações, sendo a primeira Poesias (1919) e as últimas Poemas de Guaporé (1949) e Imagem de Jaci, romance que até o momento não foi editado, mas que já teve capítulos publicados em O Estado.

Sem comentários:

Enviar um comentário